Volkspaleis

10 de setembro de 2013 § Deixe um comentário

Um evento da galeria West e que expôe diversos artistas durante um mês. Abertura com filmes de Reynold Reynolds (EUA, 1966) durante a noite dos museus (Museumnacht 2013). Que espaço incrível, uma antiga usina de energia de Haia.

No Rio

12 de agosto de 2013 § Deixe um comentário

Estou no Rio. Revendo os amigos, renovando documentos para um visto na Holanda e acima de tudo, passando tempo com a família. Dentre os pontos altos e baixos da viagem estou revendo arte, arquitetura e políticas urbanas. Quis fazer uma lista do que me encanta e do que me entristece nesta cidade.

Sobe: Chelpa Ferro, Ronald Duarte, galeria Progetti

Desce: o mau estado das instalações do Planetário carioca, na Gávea. Monitores de sobra e manutenção de menos. Em pleno mês de férias quando visitei, julho, a cúpula principal “estava em manutenção”. Seja o que for, um conserto deveria ser realizado à noite ou em poucos dias, para atender ao máximo o público. A cúpula principal fechada nas férias demonstra falha de planejamento. Isso sim.

Sobe: Casa do Saber, sua missão e sua programação intensa – impressa num pequeno e belo catálogo semestral (só faltou um calendário ali) e disponível no site.

Desce: o mau estado e mau uso do Palácio Itamaraty, belíssimo edifício no centro da cidade que – devidamente guardado por suas atividades oficiais e extra nacionais – não permite a chance de ser apreciado e aproveitado, nem àqueles poucos que o visitam durante a semana. Os arredores do Itamaraty são também hostis, o lado negligenciado do Centro antigo, próximo à Central do Brasil, que mais afasta do que atrai os visitantes.

Sobe: O Dança em Foco, que começa esta semana e oferece uma programação vasta e acessível no Cacilda Becker e na Maison de France

Desce: as calçadas, o asfalto e o estressante tráfego no Rio

Corpo Clark coletivo

3 de maio de 2012 § Deixe um comentário

Hoje descobri que estava seguindo os passos de Lygia Clark, sem sabe-lo. Constantemente entro nas crises existenciais sobre o sentido do meu trabalho, a mídia, a mensagem… Fico achando que estou por fora, por não seguir a tendência da minha escola, e da Holanda talvez como um todo, da mídia eletrônica-digital-híbrida. Coisa muito em voga no meu departamento aqui.

Não que eu seja contra, estética ou eticamente, muito pelo contrário. Confesso que às vezes me enjôo um pouco, do uso exagerado dos sensores, luzezinhas, projeções impressionantes que só fazem idiotizar o observador. Eu prefiro envolver o público completamente, prefiro compor a obra junto com os outros, e que todos a apreciem e não apenas um nicho. É outra relação. Talvez eu seja utópica, quero que a minha avó e que o meu vizinho participem e se transformem também. Não me preocupo com as paredes brancas, as reuniões sociais e as festas de abertura das grandes exposições. Elas também me enjoam.

Estaria eu com a mente nos anos setenta ainda? Lendo este texto aqui acho que sim. Me interesso pela experiência como um todo, física, psicológica e política. Mas ao mesmo tempo a experiência tem que ser dominada pelo participante, ativa e criativamente. Em outras palavras, jogando. Tem que valer a pena participar e tem que transformar as pessoas. Homo ludens é o meu palpite (ainda não terminei de ler, o livro mas é por aí) e não é por acaso que vim parar na Holanda.

Tenho buscado um nome, uma definição para o que faço, pois o clamar-se artista me incomoda. Não consigo aceitar e não sei dizer bem porque. Gosto quando os artistas que se definem com alguma sequência de nomes-ideias, que conceituam, sem dizer exatamente o que eles fazem. Lygia se dizia “propositora”. Eu estou caminhando para algo como compositora/coreógrafa de situações/experiências coletivas multisensoriais. Argh! que conversa datada! Disso eu sei, por isso continuo a elabora-lo.

E apesar de resistir muito à ideia, também percebo uma diferença profunda entre homens e mulheres em relação à produção artística. Admiro ambos sem distinção, mas posso discernir preocupações, estéticas, discursos e escolhas radicalmente diversos. Não opostos, mas sim, diferentes. E assim, sem querer me enquadrar num contexto específico, feminino, brasileiro, odara, ou qualquer outra coisa que o valha, tento encontrar o caminho que eu mesma ainda não defini.

Ano passado apresentei um trabalho sobre relações humanas e reprodução celular, onde os performers eram atados uns aos outros, numa primeira versão através de roupas e na segunda versão, apenas pelas posições físicas, que pesquisamos juntos para gerar tensão e significado. Eram oito participantes que chegam juntos, dividem-se em dois grupos de quatro, depois em quatro de dois e finalmente se tornam indivíduos, voltando a si mesmos. Falo um pouco  mais sobre o trabalho no meu site (ainda preciso escrever muito mais sobre os meus trabalhos!). Já a Lygia tem toda pesquisa sobre corpo, diálogos e percepção. Quando confiro sua obra fico perplexa com a convergência das minhas ideas com as dela. Preciso me adiantar. Um dia desses eu chego no século XXI.

Anarquitetura

26 de setembro de 2011 § Deixe um comentário

(enquanto a cada dia eu recupero o interesse por arquitetura)


Como passei quase 32 anos sem conhecer o trabalho de Gordon Matta Clark??? Se você não conhece ainda, leia mais também.

Learning from The Hague

21 de agosto de 2011 § 2 Comentários

Já conhecemos o clássico Learning from Las Vegas, de Robert Venturi, 1972. A tese descrevia a ideologia do design e do planejamento de uma cidade totalmente artificial, cravada no deserto de Nevada, EUA. E existem os seguidores, dentre eles o recente Learning from Hangzhou. Estou começando o projeto Learning from The Hague, examinando esta cidade como microcosmos das terras baixas, ou mesmo da Europa ocidental. Quem sabe sai um produto gráfico engraçado também.

Quero falar das ruas vazias, dos projetos imobiliários duvidosos, da privatização do espaço público, do convívio entre os bucólicos europeus e os tensos marroquinos, a vigilância, a simulação e o simulacro. Como entender o controle e a tentativa de criar uma identidade local em meio a tantas interferências estrangeiras? O que é que faz da Haia a Haia?

31 anos

14 de outubro de 2010 § Deixe um comentário

Passamos dois, apenas 2 dias, menos de 48 horas, em Madrid. Cidade linda e abarrotada.

Spui

18 de setembro de 2010 § Deixe um comentário

Estação Spui (“Spéau”) centro desta pequena cidade de Haia. Mergulhão do tram, planejado por Rem Koolhas.

Férias II

25 de julho de 2010 § Deixe um comentário

Sem dinheiro, só pedalando mesmo. Nicolau está saindo esta semana, de bike, para Roma. Hoje estamos nos últimos preparativos. Bagagem, equipamentos…

Na foto, estávamos atravessando as dunas que separam Haia, Leiden e outros subúrbios, do mar. As dunas são os próprios diques, que de tão grandes, a gente mal pode percebê-los. Ao fundo, os edifícios feios de Haia.

Hoje adoraria passar uma tarde no Rio de Janeiro.

Bélgica

7 de julho de 2010 § Deixe um comentário

Fomos à Gent, ontem, umas das principais cidades da Flandres, hoje norte da Bélgica. Linda, linda. Baldeação na Antuérpia (local desta foto) onde fizemos uma visita relâmpago. Aguardem mais imagens.

Marken

12 de junho de 2010 § Deixe um comentário

Final de semana passado foi lindamente marcado por uma performance em que participei, na ilha de Marken, a 30 minutos de Amsterdam. Minha professora Coccky Eek chamou a mim e a Wen Chin Fu, também do meu curso, para atuarmos na instalação dela, um cubo de 6 x 6 x 6 m, inflado de ar. Vestimos uma versão adaptada pela Cocky do vestido tradicional das velhinhas de Marken.

Foram dois dias brincando com um tecido gigantesco constantemente modelado pelo vento.

Onde estou?

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