A mente cheia de ideias e esperança

3 de junho de 2013 § Deixe um comentário

Parece que só tenho postado essas conversas filosóficas por aqui. Mas realmente esses momentos de escuta e reflexão deveriam ser mais praticados sim, por todos, com alguma frequência. Ontem a noite depois de uma aventura gastronômica com amigos em casa, não pude dormir. Fico deitada por horas e horas e se não encontro algo gostoso para ler, o tempo passado a espera do sono só se torna mais penoso. (Noites assim tem se tornado comuns, desde que adotei os horários alimentares holandeses e desde que provavelmente a idade me fez mais sensível também. Almoço pequeno e jantar grande, combinado com rotinas caóticas, entre a escola, montagem de exposição, trânsito daqui pra ali, o dia inteiro na rua, tornam a digestão uma área caótica da vida.)

Enfim, ter a oportunidade de escutar, refletir, aprender e rever conceitos – com mentes generosas como de Márcia Tiburi – são momentos de grande deleite para mim. Ela oferece perspectivas profundas sobre o Brasil, o que me ajuda amadurecer ou me  concientizar de muita coisa deixada lá longe, na minha cidade natal e seu povo, na formação da minha experiência e agora um tanto na minha memória.

Cultive-se!

10 de março de 2013 § Deixe um comentário

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Este vídeo me fez mais confiante das coisas em que tenho acreditado e apostado como mais do que “estilo” de vida. Deixemos de ser vítima de um mecanismo alucinado, onde somos ao mesmo tempo escravos e consumidores. Sem poder de escolha, vítimas de um mercado que dita o que somos, o que comemos, o que gostamos e o que descartamos, em nome de uma tal liberdade.

O que há com este mundo?

8 de junho de 2012 § 2 Comentários

Não deve ser apenas minha a sensação de que as coisas não vão bem. Não quero aqui somente desabafar minhas recentes decepções ou dificuldades pessoais. Tenho notícias do Rio e daqui, de amigos, familiares e conhecidos vivendo verdadeiras provas existenciais. Hoje lembrei que era o ano de 2012, o falado momento de reviravolta astral, do qual eu sempre gozei, imaginando que estava preparada e disposta a tudo o que vinha por aí.

Não, não estava mesmo. Fui mal na faculdade, depois de total dedicação, o que me dá uma dor fenomenal. Agora entrei de férias e quero botar corpo e mente em ordem. Mas sinceramente não sei como. Há um ano atrás eu já entrava nessa encruzilhada, mas acreditei que por agora já estaria resolvida. E não, segundo a Susan Miller ainda tenho alguns meses de penitência pela frente: até outubro, quando saturno sai da minha casa astral.

Albert Dürer, Melancolia, 1514

Conversando com um e outro amigo, me dei conta de alguns aspectos da presença deste planeta. Na mitologia romana, saturno (correspondente ao grego Cronos) engolia seus filhos, na suspeita de que poderia vir a ser superado um dia por alguns deles.

“Cronos casou com a sua irmã Réia, que lhe deu seis filhos (os Crónidas): três mulheres, Héstia, Deméter e Hera e três rapazes, Hades, Poseidon e Zeus. Como tinha medo de ser destronado, Cronos engolia os filhos ao nascerem. Comeu todos exceto Zeus, que Réia conseguiu salvar enganando Cronos enrolando uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem perceber a troca.”

Ora, relembrar este mito fez todo o sentido para mim no ano passado!

Na história da arte, Saturno é representante da melancolia, estado de espírito de tristeza e pesar. Vide a gravura de Dürer que até hoje instiga diferentes interpretações. Mas é consenso creditar a saturno também a sabedoria. Como se o dom do saber, trouxesse também uma parcela de sofrimento.

Também o sábado é o dia consagrado a Saturno. Saturday, zaderdag…

Para completar meu mal estar generalizado, caí na tentação de assistir à série “Breaking Bad”, agora na quarta temporada. Foi culpa do meu namorado, que se diverte vendo a transformação daqueles personagens, de homens decentes em criminosos e todas as suas oscilações com o desenrolar da história. Dá uma agonia de ver, cada capítulo, todos os personagens revelando suas fraquezas, seus erros, seus becos sem saída.

Pelo menos de uma coisa não posso reclamar, estou ao lado de alguém incrível, que me abraçou num momento dificílimo e não liga ao me ver escrevendo altas horas da noite, como agora mesmo, quando as preocupações vencem o meu sono.

Lente

16 de maio de 2012 § Deixe um comentário

A primavera, para o povo de fora dos trópicos, é coisa séria. Quando aparece, ela realmente levanta o astral de todo mundo. Depois do rigoroso inverno de dias curtos e um frio de doer, a luz, os perfumes e as cores alavancam o humor de todos. Nos trópicos, como grande parte do Brasil (onde a natureza é mais constante no seu desabrochar) a gente só imagina este processo da primavera pelos livros e filmes e fotos, mas a experiência estética é muito mais intensa ao vivo. Saber nem sempre é sentir. Parece conversa de revista de decoração, mas é papo seríssimo.

E se os holandeses são mestres do planejamento, do design, da manipulação de cada centímetro quadrado de terra, as flores não ficariam de fora. Elas são notoriamente selecionadas há séculos também. E continuam sendo. Estas que vocês veem aqui ganharam nomes de estrelas de cinema, por exemplo. A gente no Brasil conhece essa cultura ao visitar a antiga colônia holandesa em São Paulo, Holambra, onde estive uma vez, por volta dos meus 8 anos. Só lembro mesmo das cores e do tamanho das flores tomando todos os meus sentidos, ao adentrar a feira.

Nessa época na Holanda, não só as flores comercializadas, mas todos os canteiros, meio fios, pequenos trechos de gramado estão cambiando de formas, escandalosamente, encantando os passantes. A cada semana um desfile diferente. Pedalando pela cidade, você descobre uma nova espécie pululando aqui e ali. Um dia o canteiro em frente à minha escola está pintado de amarelo. Na semana seguinte de rosa, na outra, de branco… E você pode levar consigo uma ou outra flor pelo caminho, pois elas abundam como se oferecendo-se: me leva?. Outro dia fiz dois buquês na orla do canal aqui perto de casa e levei para mim.

Fiz essas imagens no sábado passado, enquanto escolhia umas flores para oferecer a uma família a que ia visitar. Esta esquina era um espetáculo matinal.

E para completar, estou começando a pesquisar flores comestíveis. Quero planejar um almoço onde algumas destas espécies poderão ser apreciadas e degustadas. 1) Para provar que comer é experiência multisensorial. 2) Para provar que amor é ingrediente essencial na comida de todo dia. 3) E, claro, unir o útil ao agradável, comer com arte! Veja um pouquinho mais pelo livro que encontrei: De Smaak van Bloemen (O sabor das flores): no post “Edible Flowers” no meu multiply. Vai aí um palpite e homenagem a Analu Prestes, que tem um olho especial para o jardim do mundo.

Em tempo: Lente é ‘primavera’ em neerlandês, ok? (desconfio que até a língua também foi modelada por eles, uma mistura de alemão com inglês, pitadas de francês e até quem sabe de espanhol).

Seres humanos são todos iguais

20 de fevereiro de 2012 § 2 Comentários

Por inviável que pareçam os meus dias de inverno, com aulas e compromissos das 10h às 22h, descobri-me fã adicta do novo seriado americano, Portlandia, já na sua segunda temporada. Há duas semanas que vou deitar com o laptop em cima do cobertor, sedenta para rir mais um pouquinho, antes de dormir, com Carrie Bronstein e Fred Armisen. Hoje cheguei ao sexto e último episódio, em clima de ritual. Assim que pisei em casa, resolvi as tarefas do lar em quinze minutos e logo em seguida estava tomando uma sobremesa em frente à minha telinha de treze polegadas. Agora só me resta aguardar sabe-se lá quando eles lançarem a terceira fase.

Nunca estive em Portland ou nos EUA para entender essa gente alternativa e ecologicamente engajada, retratada tão bem por este casal, que ao mesmo tempo atua e escreve o programa. Ô gente cool que não para de multiplicar bandas, blogs, tendências, piadas, em todas as capitais do globo!

Rituais não morrem, adaptam-se

8 de janeiro de 2012 § 1 comentário

Foi um inverno ameno e até quentinho para os padrões daqui até agora. Ao contrário das previsões mais tenebrosas, nem nevou ainda… Na noite de ano novo, na companhia da minha mãe, fui conferir a festa na praia, assim como se estivéssemos em Copacabana. Ouvimos dizer que fazem duas fogueiras gigantescas, uma em Duindorp e a outra em Scheveningen, os dois lados da costa de Haia, para ver qual das duas queima mais alto nos ares. São os moradores locais, pescadores e outros tipos, que se organizam todo ano para a competição.

Saímos da minha casa no Zeeheldenkwartier (o quarteirão dos heróis do mar, em bom holandês), minha mãe na garupa da bicicleta, às 23h30 a caminho da praia. Desde a véspera que os holandeses já explodiam seus fogos nos céus de Haia. Uma festa de mais de vinte e quatro horas, que lembra os festejos do Rio. Pedalamos como num campo de guerra, em meio a rojões e destroços pelas esquinas. Muita gente não gosta desta festa, realmente de dar medo. Ouve-se falar de carros incendiados e das futuras leis mais restritas à compra de fogos (cujo uso é limitado a poucos feriados por ano). Mas a excitação é maior do que o perigo real e chegamos intactas nas areias do norte.

A primeira visão foi a construção de madeira, se revelando atrás das dunas que protegem a cidade do mar. Um palácio desconhecido, feito do material usado na pesca por aqui, que mais lembrava um templo perdido na Indonésia, ou Myanmar, ou Tailândia. Quando chegamos mais perto foi que entendemos como funcionava a coisa.

E começou o espetáculo fantástico de calor e destruição. O vento soprava as chamas para um lado, o público assistia do outro.Uma luz tão poderosa, que iluminava tudo num raio de 500 metros. Um bafo que nos aquecia a uma distância e tanta, mesmo a uma temperatura de uns 5º C. Ao som do techno, a música que três gerações holandesas atrás já ouviam no café da manhã, as famílias dançavam e bebiam suas sidras.

Lemos no dia seguinte que a fogueira do lado de Scheveningen foi maior do que a nossa, em Duindorp. Digo nossa, porque acabamos indo pro lado sul da praia, menos badalado. De qualquer maneira, dali a impressão era de estarmos diante da maior fogueira de todos os tempos. Os fogos de artifício não eram páreo para aquelas chamas (quando você cresce indo à festa de Copacabana os seus padrões de réveillon podem ser bastante altos; então nem reparamos nos fogos em si). Mas a fogueira bateu todos as minhas experiências anteriores com fogo.

Aliás foi no primeiro réveillon que passei por aqui que entendi o desejo humano de lançar fogo nos céus. Deve haver um gosto muito antigo de se marcarem os ritos de passagem com fogo, elemento tão primitivo quanto essencial a todas as civilizações. Mesmo uma sociedade esterilizada como esta daqui, quando chegam as datas festivas, eles saem no frio e na chuva, pra fazer fogo, para iluminar os céus e dizer pra si mesmo que ainda somos humanos.

Panopticon

4 de setembro de 2011 § Deixe um comentário

Mais uma sobre a vigilância… Dessa vez é no ir e vir. A aparente liberdade de viajar de trem, reforçada pela ausência de roletas, torniquetes e afins, é devidamente conferida pelos controladores, ou fiscais, que surgem subitamente durante a viagem. Você mostra o seu bilhete juntamente com o cartão de identidade/desconto, cuja presença é tão obrigatória quanto a do primeiro. Quem não os apresenta paga multa. Ok, até aí tudo bem. Outros países europeus tem o mesmo sistema. Mas qual a necessidade da NS usar essas imagens na sua página de abertura?

Cada vez mais me lembro do modelo descrito por Foucault, em Vigiar e Punir, o Pan-óptico e usado por Bauman em Modernidade Líquida.

Veja você mesmo: ns.nl

Michel Foucault utilizou o projeto do Panóptico de Jeremy Bentham como arquimetáfora do poder moderno. No Panóptico, os internos estavam presos ao lugar e impedidos de qualquer movimento, confinados entre muros grossos, densos e bem- guardados e fixados a suas camas, celas ou bancadas. Eles não podiam se mover porque estavam sob vigilância; tinham que se ater aos lugares indicados sempre porque não sabiam, e nem tinham como (16) saber, onde estavam no momento seus vigias, livres para mover-se à vontade. As instalações e a facilidade de movimento dos vigias eram a garantia de sua dominação; dos múltiplos laços de sua subordinação, a “fixação” dos internos ao lugar era o mais seguro e difícil de romper. O domínio do tempo era o segredo do poder dos administradores – e imobilizar os subordinados no espaço, negando-lhes o direito ao movimento e rotinizando o ritmo a que deviam obedecer era a principal estratégia em seu exercício do poder. A pirâmide do poder era feita de velocidade, de acesso aos meios de transporte e da resultante liberdade de movimento.

O Panóptico era um modelo de engajamento e confrontação mútuos entre os dois lados da relação de poder. As estratégias dos administradores, mantendo sua própria volatilidade e rotinizando o fluxo do tempo de seus subordinados, se tornavam uma só. Mas havia tensão entre as duas tarefas. A segunda tarefa punha limites à primeira – prendia os “rotinizadores” ao lugar dentro do qual os objetos da rotinização do tempo estavam confinados. Os rotinizadores não eram verdadeira e inteiramente livres para se mover: a opção “ausente” estava fora de questão em termos práticos.

O Panóptico apresenta também outras desvantagens. É uma estratégia cara: a conquista do espaço e sua manutenção, assim como a manutenção dos internos no espaço vigiado, abarcava ampla gama de tarefas administrativas custosas e complicadas. Havia os edifícios a erigir e manter em bom estado, os vigias profissionais a contratar e remunerar, a sobrevivência e capacidade de trabalho dos internos a ser preservada e cultivada. Finalmente, administrar significa, ainda que a contragosto, responsabilizar-se pelo bem- estar geral do lugar, mesmo que em nome de um interesse pessoal consciente – e a responsabilidade, outra vez, significa estar preso ao lugar. Ela requer presença, e engajamento, pelo menos como uma confrontação e um cabo-de-guerra permanentes.

(Bauman, Modernindade Líquida)

Learning from The Hague: a vigilância

22 de agosto de 2011 § 1 comentário

A questão da segurança na Holanda me fascinou desde o primeiro mês por aqui. Além do policiamento que em nada se pode comparar com o que há no Rio, por exemplo (desculpem, não tenho experiência em outra cidade), a vigilância das ruas e da sociedade se faz por muitos meios e variadas nuances. Há câmeras empilhadas em todas as esquinas. Ok, controle por vídeo não é novidade para nenhum tupiniquim.

Mas há um aspecto da vida holandesa que simboliza muito bem a sensação de vigilância total e permanente por aqui. São as generosas janelas e vidraças que expoem a casa e os afazeres de todo mundo. Já falei disso por aqui anteriormente. As janelonas voltadas para a rua ou para o público em geral, expressam transparência, um valor importante da segurança e da civilidade.

O meu coordenador por exemplo, trabalha numa salinha mínima, exposto por uma gigante vidraça, diante da principal escadaria da academia de Haia. Se o dito cujo quiser se espreguiçar, se coçar ou ajeitar a braguilha durantes as horas dele ali, vai ser melhor ele procurar outro emprego. A idéia subliminarmente difundida é  a de que quem não deve não teme. Se você nada faz de errado, por que precisa se esconder?

Mas para não dizerem que estou ficando paranóica, vejam bem a página de abertura da rede da biblioteca central de Haia, de dentro da qual vos escrevo agora mesmo. O cidadão que entra com o seu laptop para usufruir do espaço, da internet (e da calefação quando faz muito frio), precisa primeiro abrir o seu browser e logar no sistema wifi público. E aí ele se depara com esta foto aí em cima e respectiva mensagem, que eu nem leio, sei que são os termos de uso e que se precisa clicar ‘OK’ para conectar. Os senhores não concordam em que há um certo constragimento ao usuário, para que ele nunca relaxe ao fazer uso de algo que é direito dele?

Multiculturalismo

12 de agosto de 2011 § 3 Comentários

Salvem todos os povos colonizados que trouxeram sua culinária maravilhosa pra cá! Salvem os imigrantes que alimentam os europeus todos os dias! A nova direita ocidental pode pensar o que quiser, mas ninguém vai deixar de comer o roti, o pão árabe, o humus, o falafel e tantos quantos alimentos que eu não saberia enumerar. Ninguém explica a minha paixão pela comida do oriente médio, seja a árabe ou a judia (que conheço menos). Os ingredientes do mediterrâneo são os meus favoritos. E a comida asiática (que nem deveria ser chamada assim, diante de toda a sua vastidão) é sempre uma aventura feliz. Na dúvida ou falta de inspiração eu sempre vou na lojinha turca, uma em cada quarteirão, e que geralmente funciona a noite também, e compro algum grão, algum quitute que eu raramente encontrava no Brasil e por um preço bem simpático.

A minha maior surpresa desde que cheguei aqui foi conhecer a comida do Suriname – aquele paízinho que fica ali ao norte do Pará, de que a gente no Brasil jamais ouve falar. Eles receberam um contingente indiano no início de sua colonização e por isso a cultura surinamesa é permeada pelas cores da Índia. A lojinha tropical aí da foto é a minha preferida, pois além das refeições e produtos exóticos que se podem comprar ali, como o roti (legumes com ou sem carne, tofu, um pão fino e molho curry), trabalha ali uma família inteira, composta pelo pai, a mãe e as três filhas. Cada hora do dia atende um. O pai é o mais comunicativo, talvez o único que fala inglês com os clientes. Já bati uns papos com ele sobre o Brasil. Foi quando percebi que existe um abismo entre os dois povos, em se tratando de conhecimento sobre os respectivos países. Eu nada sabia sobre a colônia holandesa logo ali e eles menos ainda sobre o Brasil de hoje. Eu quis trazer coisas da gente pra eles das duas vezes que estive no Brasil, mas a timidez não me permitiu. Eles me inspiram a maior ternura que eu já senti por estranhos. Me deu vontade de fazer um filme sobre essa família. Mas ainda não encontrei o caminho. Há sempre um risco de se tornar sentimentalista.

Fietsdepot

16 de novembro de 2010 § Deixe um comentário

Acabo de avistar minha bike desaparecida desde hoje cedo, estacionada na Den Haag Centraal. Ela foi recolhida pela prefeitura – que gosta de arrecadar multas das mais criativas maneiras – e pode ser vista pelo site da Fiets Depot.

Agora tenho que resgatá-la num depósito longíncuo, aonde só se chega de ônibus seguido de uma bela caminhada. E ainda pagando-se 15 euros. Mas vale o sacrifício. Hoje quando dei falta dela, menos de 24 horas na rua, resolvi não entrar em pânico, pois sabia que tinha muita chance de ser só coleta de praxe. Pelo menos uma boa notícia hoje!

Onde estou?

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