O futuro das roupas

14 de novembro de 2015 § Deixe um comentário

A ida recente à África do Sul e o trabalho de figurino com Rutkay (o terceiro projeto dele com o Korzo e comigo) me despertaram um ímpeto crescente em costurar e desenhar roupas.

Esse documentário me inspirou muito essa semana:

Mais uma residência artística, por favor

19 de outubro de 2013 § Deixe um comentário

Uma residência artística, por favor

Em Paris, The Conscious Body II

Uma semana, 10 artistas do corpo, 10 neurocientistas. Um workshop sobre o corpo, empatia com a plateia e o estado da arte da consciência corporal, sob os olhos da neurociência.

Foram dias intensos, de discussões, laboratório, brincadeiras, cooperação e excelentes almoços veganos. No domingo dia 06/10 nos apresentamos para um público generoso, que se entregou e atuou no palco que montamos, sem cadeiras, sem plateia.

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A França também é bem diferente da Holanda. Qualquer pão é maravilhoso, a comida em geral, não sei compara à da Holanda… eles me diziam isso todos os dias: Sim, Ludmila, você está na França. De fato ter me formado e me desvencilhado do Artscience tem se mostrado um destino mais do libertador. O mundo não se resume mais a Academia Real de Arte.

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O corpo consciente

27 de agosto de 2013 § Deixe um comentário

Estou confirmada como artista participante deste workshop em Paris! The Conscious Body 2

De 30 de setembro a 6 de outubro, estaremos reunidos, 10 cientistas e 10 artistas, para discutir o processo cognitivo de bailarinos e a empatia da platéia (através dos neurônios espelho).

Viajando de trem

16 de junho de 2013 § Deixe um comentário

Vibrei com esta descoberta. Um novo lançamento do Daft Punk sempre tráz de tabela uma aula de Disco music. Dia desses alguém mixou ‘Get Lucky’ com imagens de um programa antigo da tv americana. Na telinha de ontem, ao som dos robôs franceses de hoje, dezenas de pessoas se requebram diante de uma câmera que desliza em linha reta, num desfile de dança e de calor humano. Era o Soul Train, palco da música americana dos anos 70, e de gêneros futuros, que pra nossa felicidade pode ser revisto em milhares de vídeos online.

O Soul Train foi ao ar pela primeira vez em 1971 e só saiu de cartaz em 2006. Isso mesmo, 35 anos de discoteca. É considerado o programa mais duradouro da história da televisão aberta, com mais de 1.1000 episódios. Além de acompanhar a evolução da música pop, eu me deliciei com a energia e também com o desfile de moda daquele povo cheio de graça. Movidos pelo som, pelas drogas ou por pura adrenalina, esses moços dão a impressão de que o mundo, pelo menos pela televisão, era muito mais feliz antigamente.

Sempre em dupla, os dançarinos iam entrando em cena, exibindo seus dotes rítmicos e corporais, num clima de celebração total. Alinhados ao trilho do trem, os convivas aguardavam a vez, ovacionando os colegas ao centro. Os bailarinos eram ao mesmo tempo o próprio público, sem distinção de palco-plateia. Estavam ali os passinhos nascidos nas ruas de Chicago, sinais da break dance, e de tantos estilos que iriam influenciar as danças urbanas de hoje – inclusive o funk carioca. O apresentador-produtor Don Cornelius, sempre em cena, introduzia a festa televisionada, que ia ao ar toda semana, e trazia também artistas de peso. Convidados para cantar e conversar com o público, as estrelas eram entrevistadas abertamente pela galera. Ainda que com os famosos convidados, os protagonistas eram os participantes-dançarinos, homens e mulheres comuns, pés de valsa, como eu e você.

Petite Mort

8 de fevereiro de 2013 § Deixe um comentário

Nos últimos tempos percebi o pouco que eu conhecia da dança, do balé, do teatro, Mas mesmo assim tenho os meus palpites. Esta peça de Jiri Kylián me parece um dos trabalhos mais precisos que já vi.

Tempo

9 de dezembro de 2012 § 2 Comentários

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Comecei hoje o projeto da coreógrafa Marina Mascarell no Korzo. Ficaremos estes dois meses (auge do inverno!) trabalhando neste estúdio na foto, no belíssimo teatro re-inaugurado ano passado, no centro em Haia.
Estou feliz de participar como cenógrafa e acompanhar de perto o processo de criação de dança, de alguém cujo trabalho eu admiro muito. O projeto chama-se “A Irrealidade do Tempo.” Aguardem mais updates!

Cinestesia

11 de novembro de 2012 § Deixe um comentário

Me perdoem a ausência por aqui. Até tenho escrito bastante, mas não sobre a vida, ou sobre a Holanda… Até criei outro blog esta semana! Agora em inglês e dedicado à minha tese de graduação sobre propriocepção e cinestesia. Envolve um pouco de performance, dança, corpo humano, neurologia…

Propriocepção também denominada como cinestesia, é o termo utilizado para nomear a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão. Este tipo específico de percepção permite a manutenção do equilíbrio postural e a realização de diversas atividades práticas. Resulta da interação das fibras musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações táteis e do sistema vestibular, localizado no ouvido interno.

Inteligência corporal-cinestésica

Segundo a teoria das múltiplas inteligências, a Inteligência corporal-cinestésica refere-se as habilidades que atletas e artistas (especialmente dançarinos) desenvolvem para a coordenação desejada de movimentos precisos necessários para a execução de sua técnicas.

Um problema sério no desenvolvimento dessa inteligência é que segundo Howard Gardner a maioria das escolas se satisfazem com desempenhos mecânicos, ritualizados ou convencionalizados, isto é, desempenhos que desenvolvem as habilidades apenas levando o aluno a repetir o que o professor modelou.

Uma das técnicas mais usadas para o desenvolvimento da cinestesia é vendar os alunos para que com a ausência da visão eles se focalizem na cinestesia no uso de suas técnicas. Outro recurso muito utilizado é o uso de um ou mais espelhos ao redor do aluno durante os exercícios ou filmar o treinamento para que a visão sirva como feedback de como estão sendo feitos os movimentos.

Sensores

O conjunto das informações dadas por esses receptores sensoriais nos permitem, por exemplo, desviar a cabeça de um galho, mesmo que que não se saiba precisamente a distância segura para se passar, ou mesmo o simples fato de poder tocar os dedos do pé e o calcanhar com os olhos vendados, além de permitir atividades importantes como andar, coordenar os movimentos responsáveis pela fala, segurar e manipular objetos, manter-se em pé ou posicionar-se para realizar alguma atividade.

A propriocepção é efetiva devido à presença de receptores específicos que são sensíveis a alterações físicas, tais como variações na angulação de uma articulação, rotação da cabeça, tensão exercida sobre um músculo, e até mesmo o comprimento da fibra muscular.

Alguns dos sensores responsáveis por tais sensações são:

  • Órgãos tendinosos de Golgi, que são sensíveis à tração exercida nos tendões indicando a força que está sendo exercida sobre a musculatura, impedindo lesões.
  • Fuso muscular, que se divide em dois subtipos, fuso neuromuscular de bolsa, e de cadeia nuclear, sendo estes responsáveis pelo comprimento da fibra muscular no repouso(postura) e durante o movimento.
  • O labirinto, também conhecido por sistema vestibular, localizado no ouvido junto à cóclea, é sensível a alterações angulares da cabeça. As alterações podem ser no sentido vertical (rotação vertical, deslocamento do queixo para cima e para baixo) ou horizontal (rotação horizontal ou lateral, deslocamento do queixo lateralmente ou seja, direita e esquerda). Este sistema também atua na identificação da posição de todo o corpo, permitindo que alguém saiba se está deitado, em pé ou em qualquer outro posicionamento espacial. Perturbações no sentido de equilíbrio podem levar a correções inadequadas, que em casos extremos podem impedir a manutenção da posição vertical, além de causar vertigem e náusea.

Keeping together in time

31 de outubro de 2012 § Deixe um comentário

Achei este livro (mais um através da libgen.info), que me pareceu a maior inspiração até agora. Harvard University Press, 1995. Vou lendo pela telinha de 13′ até conseguir te-lo em mãos.

Saquem só o conteúdo:

E de vez em quando faço uma pausa, para curtir gifs animados.

Onde estou?

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