No Rio
12 de agosto de 2013 § Deixe um comentário
Estou no Rio. Revendo os amigos, renovando documentos para um visto na Holanda e acima de tudo, passando tempo com a família. Dentre os pontos altos e baixos da viagem estou revendo arte, arquitetura e políticas urbanas. Quis fazer uma lista do que me encanta e do que me entristece nesta cidade.
Sobe: Chelpa Ferro, Ronald Duarte, galeria Progetti
Desce: o mau estado das instalações do Planetário carioca, na Gávea. Monitores de sobra e manutenção de menos. Em pleno mês de férias quando visitei, julho, a cúpula principal “estava em manutenção”. Seja o que for, um conserto deveria ser realizado à noite ou em poucos dias, para atender ao máximo o público. A cúpula principal fechada nas férias demonstra falha de planejamento. Isso sim.
Sobe: Casa do Saber, sua missão e sua programação intensa – impressa num pequeno e belo catálogo semestral (só faltou um calendário ali) e disponível no site.
Desce: o mau estado e mau uso do Palácio Itamaraty, belíssimo edifício no centro da cidade que – devidamente guardado por suas atividades oficiais e extra nacionais – não permite a chance de ser apreciado e aproveitado, nem àqueles poucos que o visitam durante a semana. Os arredores do Itamaraty são também hostis, o lado negligenciado do Centro antigo, próximo à Central do Brasil, que mais afasta do que atrai os visitantes.
Sobe: O Dança em Foco, que começa esta semana e oferece uma programação vasta e acessível no Cacilda Becker e na Maison de France
Desce: as calçadas, o asfalto e o estressante tráfego no Rio
31 anos
14 de outubro de 2010 § Deixe um comentário
Uma vez Holanda sempre Holanda
22 de agosto de 2010 § 1 comentário
Voltar pra Holanda é sempre comovente hoje pra mim. Mesmo vindo da Alemanha, aqui do lado. Estive em Frankfurt esta semana, 5 horas de trem daqui. Fui principalmente pra estar com minha amiga Gra, depois para conhecer um pouco mais deste país de que sempre fui fã. Passeamos pela cidade e passamos também um dia em Mainz, cidade de Gutenberg. Ótimo tempo, boas conversas. Falamos sobre a adaptação de volta ao Brasil – seria possível? Ela mora por aqui há mais de quatro anos, casou e vai ser mãe em janeiro. O que mais nos aflige é o estresse de viver no Rio, claro. A violência, a leviandade, o desrespeito ao próximo. Falando assim eu posso soar moralista. Mas quem vive por um tempo noutro país, percebe a loucura que é viver no Rio de Janeiro atual.
Hoje acordei e li e vi a história do tiroteio em São Conrado, na manhã de ontem. Diante da câmera, o repórter confortavelmente vestia um colete a prova de bala. São Conrado é este bairro inverossímil numa cidade inacreditável.
Sabemos que a solução não é o exílio. Além do Brasil ser maravilhoso, o país precisa de gente ambiciosa e dedicada para mudar esse processo. Mas por enquanto sinto que as coisas só pioram.
Voltar de trem via Utrecht, ver a planície novamente, as vaquinhas e ovelhinhas de sempre, me enche de emoção. Os holandeses silenciosos, quietíssimos, indo e vindo, será que sentem isso?
Trago a pessoa amada em 30 dias
12 de agosto de 2010 § 2 Comentários
Estamos aqui, de férias ainda. Entre livros, filmes com amigos da ArtScience e a minha nova máquina de costurar, recebi uma curtíssima visita da minha progenitora – 8 dias. Fomos a Paris, logo ali. De trem Hispeed, como é chamado, leva 3 horas apenas. E caro, claro.
Nicolau, na Tour d’Italie, uma nova versão da prova francesa, só que sem competição, está indo bem. Diz que já sentiu muitas dores, mas elas vão mudando de lugar pelo menos. Nos falamos a um precioso SMS por dia. Partiu da Alemanha, passou pela terra de Asterix e da Nestlé. Chegou ao norte da Itália, pedala em média 100 km/dia e dorme em algum lugar acampado. Já faz duas semanas que saíram, ele e Maurice nessa empreitada. Quem tem bike vai a Roma.
Paris estava lotadíssima, sujíssima, agitadíssima. Não é culpa dela, é um fenômeno global esse negócio de turismo de massa. Ou eu que não conhecia a chamada “alta temporada”. Minha mãe se decepcionou profundamente. Não era nada do que ela imaginava a partir das histórias, filmes, fotos. Ainda por cima depois da exposição no Pompidou (esta sim, muito boa), Dreamlands, precisamente sobre utopias, parques e espaços de lazer sonhados pelos homens.
Ainda estou procurando emprego. Alguém viu um por aí?
Fietsers
15 de julho de 2010 § Deixe um comentário
Ontem, uma ida a Rotterdam, by bike, com Nicolau e Vera. Saímos de Haia às 12h30. Pedalando ao longo dos canais, passando por Rijswijk e Delft. Chegando lá, às 14h30, conferimos as instalações de Olafur Eliasson (im-pa-gá-veis), no Museu Boijmans, que às quartas-feiras é gratuito. Comemos uma salada no jardim aos fundos do museu. Economizamos cada um: € 5,4 de trem (ida e volta) + € 5 entrada no Boijmans (estudante). Salada comprada no supermercado: € 4,70 – tudo que cada um gastou o dia todo. Aproveitando uma paisagem maravilhosa durante todo o caminho.
Passeio recomendável a todos os amantes de bicicletas e paisagens holandesas.
Bélgica
7 de julho de 2010 § Deixe um comentário
Maastricht
20 de maio de 2010 § Deixe um comentário
A caminho de Bruxelas
23 de fevereiro de 2010 § Deixe um comentário
Daqui a duas horas estaremos lá. A previsão do tempo é de chuva. Para isso comprei uma bota de borracha, a famosa galocha (escreve-se assim?). Nos próximos 6 meses só devo usá-la e mais nada. O inverno está indo embora. Agora é tempo molhado, por volta dos 7º C o dia todo.
A foto não é minha, furtei-a de qualquer site.
Crowded London
4 de janeiro de 2010 § Deixe um comentário
Fui a Londres e não vi Londres.
Há tantos anos que não ia lá e ansiava por isso. Quando cheguei, só vi uma multidão sem fim, que atropelava a gente de lá pra cá. Não se deve visitar Londres nessa época. A gente acaba entrando no transe do consumo desenfreado. Mas realmente o comércio lá deixa a gente louca. As livrarias, as lojas de música, de roupas, de brinquedos, dão de mil a zero nas da Holanda. Pena que foram só 3 dias, 265 fotos e chuva o tempo todo.
Valeu a pena enfrentar a multidão para conhecer a Tate Modern. Pudemos entrar na obra do polonês Miroslaw Balka, um enorme volume em estrutura metálica, todo pintado de preto, absolutamente escuro. O último trabalho da série “How it is“. Fantástico.
O ponto alto da coleção da Tate na verdade é o público. Um fluxo contínuo subindo e descendo as escadas rolantes, sentando e se debruçando pelos patamares, conversando e se amontoando diante das obras. O povo quer consumir arte, ver, fotografar, comprar toda a lojinha do museu. Uma orgia cultural que não tem nada a ver com arte.