Pensamento
12 de fevereiro de 2016 § 1 comentário
Pesquisar e desfrutar o nada. Fazer nada. Não é fácil, um sentimento de culpa, a ansiedade. Estive lendo sobre demência digital, os asiáticos perdendo a memória de coisas cotidianas, por excesso de informação e distrações ininterrúptas. Meu júbilo é quando o celular não toca, nem vibra. Desativo todas as notificações de aplicativos irrelevantes. Aliás poucas pessoas me telefonam normalmente.
Nas últimas semanas trabalhei menos, e tenho me encontrado cada vez mais. Também vejo a grana encurtar, mas ainda não é sério, tem mais alguns trabalhos vindo. De repente, descubro que contemplar a passagem do dia, poder escrever e planejar, com esse pouco mais de tempo pra si, é o verdadeiro luxo de viver. Deixar a mente fluir, poder escolher entre tomar um chá, ou cuidar da casa, ou ler um bom texto, sem compromisso de nada, isso que é ostentação para mim.
Nunca subestimar uma tarde ensolarada de fevereiro! É sexta-feira. Faz mais frio do que nunca lá fora. Já cansei do inverno pra variar. Aqui dentro resisto a tudo lá fora. Dentro de mim, ideias, projetos incríveis. Escrevo tudo freneticamente, planejo mil coisas que estão só esperando. Realizar.
Palavras do dia: idleness – Tradução: ociosidade, inatividade (indolência tem uma conotação ruim; Precisamos dessas pausas mesmo para trabalhar melhor)
Erwin Wurm, Instructions for Idleness, 2001
Pois é, Lud. Tenho pensado nisso também. São tantas informações, tantas coisas fantásticas para ler na internet. Lendo o que você escreveu lembrei da internet na nossa época de Mutiply, Myspace… essas coisas. Se não me engano, a forma com que a gente recebia informação era bem menos frenética do que a de hoje. As vezes me sinto meio confuso e preciso parar e entender como cheguei em determinado site ou vídeo. Tenso.